Reorganização de meios terrestres procura compensar redução de meios aéreos para combate a incêndios

Reorganização de meios terrestres procura compensar redução de meios aéreos para combate a incêndios

 

O dispositivo de combate aos incêndios foi reduzido este ano em meios aéreos devido à crise, mas a Protecção Civil reorganizou os meios humanos em terra, para atingir melhores resultados e contrariar este constrangimento, disse fonte daquela autoridade. 

 

 

A eficácia dos meios de combate aos incêndios está muito dependente  da rapidez da deteção e do tempo que demora até ao início do ataque ao fogo,  por isso foram feitos investimentos na organização do sistema para que tudo  seja muito mais rápido, acrescentou à Lusa a fonte da Autoridade Nacional  da Proteção Civil (ANPC). A mesma fonte disse ser hoje adquirido que entre  o aviso de uma ignição e a decisão para a partida dos meios de combate o  tempo médio é de dois minutos. 

 

    As estruturas estão montadas de tal forma que todo o território está  coberto por meios aéreos de primeira intervenção que operam em raios de  40 quilómetros, existindo em cada um desses raios pelo menos uma estrutura  operacional - centro de meios aéreos -  com todos os meios terrestres e  aéreos preparados para atacar o fogo, para além dos recursos disponíveis  nos corpos de bombeiros, afirmou. 

 

    Para reforçar a componente terrestre, foram criadas várias estruturas  novas que ampliam a capacidade operacional de combate, há novas equipas  de comando operacional disponíveis para reforçar os teatros de operações  e para permitir o refrescamento do comando das operações em situações de  fogos prolongados. Há duas novas equipas de reconhecimento e avaliação,  seis novas equipas mistas de análise e uso do fogo, 12 novas máquinas de  rasto de âmbito nacional para consolidação de rescaldo, que permitem libertar  homens para outras frentes ou para descanso, entre outras novidades. 

 

    Na fase "Charlie", a mais crítica, entre 1 de julho e 30 de setembro,  vão estar disponíveis este ano 24 helicópteros ligeiros, 10 de capacidade  média e cinco helicópteros pesados e apenas dois aviões anfíbios (quando  no ano passado estiveram ao serviço 16 aviões, dois deles anfíbios). 

  Dos 41 meios aéreos, apenas sete pertencem ao estado português, todos  os outros resultam de contratos feitos pela EMA (Empresa de Meios Aéreos).

 Para manter uma cobertura nacional total dos meios aéreos, foram alargados  os raios de ação para cada um dos centros de meios aéreos. 

 

(Fonte: Lusa)